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2. Imunohistoquímica |
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Masc. 43 a. Clique para ressonância magnética, HE, LFB, texto ilustrado sobre leucodistrofias. |
Destaques da microscopia. Lâminas escaneadas. HE, LFB. | ||
HE. Vacúolos na substância branca. Transição entre área vacuolar e área desmielinizada. | Área desmielinizada. Macrófagos xantomatosos. | Área desmielinizada. Astrócitos gemistocíticos. |
LFB-Nissl. Lâminas escaneadas. Vacúolos na substância branca em meio a bainhas de mielina preservadas | Área desmielinizada. Macrófagos xantomatosos. Rarefação ou desaparecimento da mielina | Área desmielinizada. Astrócitos gemistocíticos. |
VIM. Astrócitos gemistocíticos | VIM. Macrófagos xantomatosos | NF. Axônios na substância branca entre os vacúolos |
NF. Axônios persistem na área desmielinizada | NF. Neurônios normais no córtex cerebral | SNF. Glóbulos sinaptofisina positivos na área desmielinizada, presumivelmente em axônios. Axônios em contas de rosário |
Cromogranina. Idem. Axônios em contas de rosário | CD68. Macrófagos xantomatosos na área desmielinizada | CD68. Micróglia na substância branca com vacúolos |
VIM.
Vimentina é um filamento intermediário ubiquitário. No sistema nervoso central, ocorre em astrócitos normais e patológicos, e também em macrófagos reacionais a lesões parenquimatosas. No presente material, é útil para demonstrar os astrócitos hipertróficos na substância branca com vacúolos. Para breves textos sobre vimentina e outros filamentos intermediários, clique. |
VIM. - Transição entre a substância branca vacuolada e a área desmielinizada. Aqui observamos a interface entre a região que ainda contém axônios e vacúolos, e a área onde estes desapareceram, povoada por macrófagos xantomatosos. |
VIM - Astrócitos gemistocíticos. Estes astrócitos reacionais à lesão da mielina na leucodistrofia mostram citoplasma abundante e núcleo excêntrico. Os prolongamentos citoplasmáticos são elegantemente demonstrados pela vimentina. A reação foi mais expressiva que a com GFAP, por isso a favorecemos para documentação. Em outros preparados, observam-se nesta região axônios mielínicos corados por LFB-Nissl e marcados por neurofilamento. | |
VIM - Macrófagos xantomatosos. São observados na área desmielinizada, fagocitando lípides derivados da mielina degenerada, como já notado em HE e LFB-Nissl. | |
NF. Proteína de neurofilamento é um filamento intermediário do citoesqueleto característico de neurônios, particularmente útil na demonstração de axônios. Para breve texto, clique. Aqui mostra axônios de diferentes calibres na substância branca em meio aos vacúolos. | |
Axônios em área com macrófagos. É de interesse que axônios também são encontrados na área totalmente desmielinizada e rica em macrófagos xantomatosos. Isto indica que a lesão afeta preferencialmente as bainhas de mielina, respeitando os axônios, pelo menos em parte. A mesma área é totalmente carente de mielina, como demonstrado na coloração por LFB-Nissl. | |
NF.
Neurônios piramidais no córtex cerebral.
A reação destaca o corpo celular dos neurônios piramidais, especialmente seu dendrito apical. No caso, o aspecto é normal. Para córtex cerebral normal em HE, LFB e imunohistoquímica para outros marcadores (MAP2, NeuN, GFAP, VIM) e microscopia eletrônica, clique. |
SNF. Sinaptofisina, uma proteína associada a vesículas sinápticas (para breve texto, clique), é aqui encontrada esparsamente no neurópilo do córtex cerebral e, como grânulos isolados, na substância branca profunda entre os vacúolos. | |
SNF na área desmielinizada. Na área profunda com perda total das bainhas de mielina e rica em macrófagos xantomatosos, observam-se muitos pequenos glóbulos positivos para sinaptofisina. Ao que parece, estão presentes em, ou seriam derivados de axônios e podem indicar perturbações do fluxo axonal que normalmente leva proteínas aos terminais sinápticos. Assemelham-se às bolas de retração de Cajal, descritas em cotos de axônios após secção de nervo. O encontro destes acúmulos de SNF sugere que os axônios desmielinizados, embora ainda presentes (como visto com NF acima), não são mais capazes de transporte adequado de substâncias. Ocasionalmente notam-se glóbulos em seqüência, dando o clássico aspecto 'em contas de rosário'. Resultado semelhante foi obtido com cromogranina, abaixo. | |
Cromogranina no córtex cerebral. Cromogranina, outra proteína associada a vesículas sinápticas (para breve texto, clique), é demonstrável no citoplasma dos neurônios, com aspecto grumoso que lembra vagamente os corpúsculos de Nissl observados em HE ou com cresil violeta em neurônios normais. O aspecto aqui visualizado é normal. | |
Cromogranina na substância branca e na área desmielinizada. Na substância branca profunda com vacúolos não se observa material cromogranina-positivo, mas glóbulos marcados pelo anticorpo são abundantes na região mais lesada, onde a mielina desapareceu e há vários macrófagos xantomatosos. O aspecto é superponível ao encontrado acima com sinaptofisina e provavelmente o significado é o mesmo, ou seja, indica axônios patológicos com dificuldade no transporte de proteínas no axoplasma entre o corpo celular e os prolongamentos. É notável que tal não se reflete nos corpos celulares dos neurônios no córtex, cujo aspecto é normal, como comentado acima. | |
Cromogranina e macrófagos xantomatosos. Na área desmielinizada coexistem macrófagos xantomatosos, que fagocitaram lípides da mielina degenerada, e glóbulos positivos para cromogranina. Estes na maioria parecem livres no tecido, mas por vezes associam-se lado a lado como se estivessem ao longo de um filete, que poderia ser o axônio. Corresponde ao 'aspecto em contas de rosário' já documentado com sinaptofisina, acima. | |
CD68.
Este marcador de macrófagos (para breve texto, clique) demonstra células microgliais e macrófagos xantomatosos. Estes estão presentes apenas na área profunda desmielinizada. Células microgliais, bem menores, são encontradiças na substância branca com vacúolos, mas ainda com preservação das bainhas de mielina. |
CD68. Macrófagos xantomatosos. Aparecem como células redondas de citoplasma abundante e finamente granuloso ou vacuolado e núcleo excêntrico. Fagocitam restos de mielina degenerada na região mais profunda da lesão, onde as bainhas de mielina não são mais demonstráveis. Os macrófagos derivam da ativação das células microgliais pré-existentes ou podem originar-se nos monócitos do sangue periférico. |
CD68.
Células microgliais.
Aqui observadas na substância branca com vacúolos. A micróglia destaca-se com CD68 pela marcação citoplasmática, que interessa os lisossomos. São células pequenas, com núcleo alongado, cromatina densa, e citoplasma escasso emergindo como prolongamentos a partir dos polos do núcleo. |
Células microgliais. Em algumas células, o citoplasma parece sair dos dois polos nucleares, em outras, de um polo só. Ramifica-se pouco, em geral dicotomicamente. Para comparar com micróglia impregnada pela prata pelas técnicas históricas de Del Rio Hortega, que descreveu a célula, clique. | |
Agradecimentos. Caso referido em consulta e gentilmente contribuído pelos Drs. Fernando Tito Mota e Marcelo Vilas Boas Mota, Laboratório de Patologia de Mogi Guaçu, SP. Preparações imunohistoquímicas pelos técnicos Thainá Milena Stela de Oliveira e Luis Felipe Billis. Laboratório de Anatomia Patológica, FCM- UNICAMP. |
Para mais imagens deste caso: | RM | HE, colorações | IH |
LEUCODISTROFIAS .- Casos de neuroimagem | |||
M. 6 a. Adrenoleucodistrofia | M. 11 a. Adrenoleucodistrofia | M. 10 a. Adrenoleucodistrofia | M. 7 a. Leucodistrofia metacromática |
F. 30 a. Provável leucodistrofia metacromática, forma do adulto | F. 56 a. Provável leucodistrofia metacromática, forma do adulto | M. 5 a. Leucodistrofia associada a distrofia muscular congênita por deficiência de merosina. Biópsia muscular | M. 11 a. Doença de van der Knaap (leucoencefalopatia megalencefálica com cistos subcorticais). Acompanhamento de 11 anos. Melhores imagens de 4 exames |
Exames em detalhe | |||
Para
mais sobre leucodistrofias : Texto
ilustrado linkado
Para outras doenças desmielinizantes e degenerativas, ver também Neuroimagem, Neuropatologia |
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Leucodistrofias no banco de imagens : | |||
Adrenoleucodistrofia. Foto - desmielinização da substância branca frontal com preservação das fibras em U | Leucodistrofia metacromática. Foto - armazenamento de substância metacromática (sulfátides) em neurônios do núcleo do facial na ponte | Leucodistrofia metacromática. Foto - armazenamento de substância metacromática em macrófagos na substância branca cerebelar | Leucodistrofia sudanófila. Foto - desmielinização e cavitação da substância branca frontal, e dilatação ventricular |
Leucodistrofia sudanófila. Foto - desmielinização da substância branca temporal com preservação das fibras em U | Leucodistrofia de células globóides - 3 casos. Foto - desmielinização da substância branca occipital com preservação das fibras em U | Leucodistrofia de células globóides. Foto - células globóides (macrófagos) na substância branca cerebelar | Leucodistrofia de Pelizaeus - Merzbacher. Foto - Aspecto tigróide da substância branca |
Leucodistrofia de Alexander. Foto - megalencefalia e aspecto friável da substância branca | Leucodistrofia de Alexander. Foto - abundantes fibras de Rosenthal na medula lombar | Leucodistrofia de Canavan. Foto - vacúolos na substância branca | M. 5 a. Distrofia muscular congênita por deficiência de merosina, associada a leucodistrofia. Foto - biópsia muscular. Ressonância magnética |
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