Metástase cerebral de carcinoma da mama
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Fem.  45 a.  Ca. mama em tratamento desde 3/98. Massa em toda a mama D, ulcerada, com comprometimento linfonodal. T4N2M0. Mastectomia radical. Carcinoma ductal invasivo grau 3 histológico e grau 3 nuclear. Padrão apócrino com comprometimento de mamilo.  Em 11/98 redução do nível de consciência para Glasgow 3. Punção da lesão cística parietal com saída de líquido hipertenso de cor acastanhada. Citologia – adenocarcinoma pouco diferenciado. Metástase cística parietal posterior E. Em 8/12/98 : linfonodos axilares comprometidos, com extensão extranodal. Receptores hormonais negativos. Óbito. 

 
TOMOGRAFIA  COMPUTADORIZADA
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Sem contraste 
 
Metástase.   Grande tumor na região fronto-parietal alta do hemisfério cerebral E, na junção entre substância branca e cinzenta.  A lesão é bem delimitada, hipodensa (significa maior grau de hidratação) e com calcificações periféricas (correspondem à margem hiperdensa, ou seja, brilhante, na parte anterior da lesão).  O aspecto é indistingüível do de lesões cerebrais de outras naturezas, inclusive tumores primários. 
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RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA 
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CORTES  AXIAIS mostram a lesão já vista na TC, muito hidratada (hipersinal em T2 e FLAIR). Contém proteína, a julgar pelo aspecto brilhante no FLAIR. Se fosse água livre como o líquor, apareceria com hiposinal nesta seqüência (no FLAIR, os ventrículos e sulcos dão ausência de sinal por supressão da água livre). 

            Em T1 sem contraste nota-se uma linha de hipersinal na margem anterior da lesão. Esta linha é diferente da revelada na TC e não é dada por calcificação, já que tecidos ou áreas calcificadas não dão sinal em RM. Há duas possibilidades: pode ser metahemoglobina, proveniente de hemorragia, ou gordura decorrente de degeneração do tecido nervoso, possivelmente no interior de macrófagos xantomatosos.  No corte em T2, a borda é isointensa, dando um sinal semelhante ao da gordura do subcutâneo. Isto favorece que se trate realmente de lípides. Se fosse metahemoglobina daria hipersinal também em T2. (Para saber mais sobre o comportamento dos derivados da hemoglobina na Ressonância Magnética, clíque aqui). Em T1 com contraste, há impregnação levemente irregular de toda a margem da lesão. 

            Apesar do volume da metástase (cerca de 4 cm de diâmetro) praticamente não há efeito de massa, nem edema da substância branca próxima [que apareceria como áreas de hipersinal em T2 e FLAIR].  Isto constitui exceção, já que metástases habitualmente dão efeito de massa (desvio da linha média, apagamento de sulcos, hérnias) e causam edema por compressão de vasos e/ou por secreção de fatores angioproliferativos (como ocorre no glioblastoma multiforme), levando a quebra de barreira hemoencefálica e edema vasogênico.  Este comportamento de uma metástase cerebral é visto ocasionalmente  em neoplasias de mama e de pulmão, principalmente nas mucinosas. 

T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE T2 FLAIR
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CORTES SAGITAIS em T1, com e sem contraste, mostram impregnação em toda volta da lesão e uma área mais espessa de impregnação próxima à margem superior, que provavelmente representa a região com mais tumor viável. Se há impregnação é porque há vasos permeáveis ao contraste. Observar no corte sem contraste a fina linha de hipersinal na face ântero-superior do tumor, já discutida nos cortes axiais. 
T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE

 
Características de imagem de 
metástases
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