CORTES  AXIAIS, T2,  mostram lesão ovalada, com hipersinal, entre o tegmento e a base da ponte à E, associada a áreas periféricas de hiposinal que a circundam de forma irregular.  No interior da lesão há pequenos focos mais intensos de hipersinal.  As características de imagem permitem o diagnóstico de um cavernoma ou hemangioma cavernoso da ponte, uma das localizações mais comuns desta malformação vascular. As áreas de hipersinal em T2 e FLAIR correspondem a metahemoglobina,  e as de hiposinal a hemossiderina, evidenciando a ocorrência de hemorragias crônicas.  Para mais detalhes sobre a aparência dos derivados da hemoglobina em RM clique aqui. O caráter heterogêneo dos cavernomas é às vezes denominado 'aspecto em pipoca'. Essas lesões característicamente não aparecem na angiografia  e não se observam artérias de suprimento ou veias de drenagem (ao contrário das MAVs, páginas seguintes). Contudo, podem mostrar, como no presente caso, realce por contraste. 

 
CORTES  CORONAIS, T1 sem CONTRASTE. Como em T2 e FLAIR, áreas de hipersinal em T1 correspondem a metahemoglobina,  e as de hiposinal a hemossiderina.

 
CORTE  SAGITAL, T1 sem CONTRASTE.  A lesão situa-se na metade superior da ponte, atingindo o mesencéfalo. 

 
CORTE  AXIAL  PELO BULBO mostra lesão arredondada, de contornos nítidos, que dá hipersinal em T2 e FLAIR indicando maior hidratação. Esta lesão não tem relação topográfica com o cavernoma da ponte.  Trata-se provavelmente de um pequeno infarto atingindo a região do núcleo olivar inferior E.