Músculo esquelético normal  -  inervação motora

 
MATERIAL  DE  CAMUNDONGO
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Por quê usar material de camundongo e não humano? 
O camundongo é ideal para estudar a inervação do músculo esquelético. Devido ao seu pequeno tamanho, é possível examinar músculos inteiros em uma só lâmina, inclusive em cortes longitudinais e seriados.  Os princípios da inervação são os mesmos do homem. 

Técnica do 5-bromo-indoxil-acetato para colinesterase + impregnação argêntica para axônios.   Para melhor estudo da inervação é possível demonstrar os axônios por impregnação argêntica, e, no mesmo corte, realizar uma reação histoquímica para colinesterase, a enzima presente na placa motora para inativar a acetilcolina.  Os cortes abaixo foram feitos usando, além da prata, a reação pelo 5-bromo-indoxil-acetato, que dá um produto azul e transparente. Este marca a localização da placa sem obscurecer a delicada ramificação dos terminais nervosos motores. 

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Neste corte está representada a porção média do músculo sóleo de um camundongo adulto normal, em corte longitudinal.  As fibras nervosas arranjam-se em feixes (escuros porque impregnados pela prata) e separam-se para inervar as fibras musculares individualmente. 
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Toda a ramificação axonal dentro do músculo se dá nos fascículos.  Os axônios que se separam do feixe não se dividem mais, e são chamados pré-terminais.  Cada um termina em uma placa motora, situada na porção média de uma fibra muscular.  Os axônios são mielinizados até entrar na placa. 
Na placa, o axônio préterminal ramifica-se em várias terminações motoras que parecem pequenas garras. Nesta preparação estão impregnados por prata e aparecem em negro. No local correspondente na fibra muscular há atividade acetilcolinesterásica, aqui demonstrada em azul pela técnica do 5-bromo-indoxil-acetato.  A acetilcolina (ACh) liberada pelos terminais é rapidamente inativada pela enzima acetilcolinesterase, terminando o estímulo dos receptores para ACh. 
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Outras imagens de axônios e placas motoras de músculo gastrocnêmio de camundongo. 

 
Inervação motora no camundongo (técnica de Namba para axônios e colinesterase). O produto da  reação histoquímica para colinesterase é opaco, impedindo a visualização dos terminais nervosos. 
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Inervação motora no camundongo (técnica de Glees para axônios em cortes de parafina). A prata impregna os axônios em preto. Não há demonstração de colinesterase. Os terminais nervosos se destacam como pequenas garras contra o fundo amarelo das fibras musculares.

 
Inervação motora de língua humana, (técnica de Schofield para axônios). Os axônios deixam o feixe nervoso intramuscular para inervar fibras individualmente. 
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PLACAS  MOTORAS
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Placas motoras são os pontos de contato entre o terminal nervoso motor e a fibra muscular. Cada fibra é inervada na sua porção média por apenas um axônio.  Aqui, o axônio motor é visto como um ponto roxo (em corte transversal) envolvido por uma capa de perinêurio. O terminal nervoso propriamente dito não é visível em HE. Podem-se, porém, observar as células de Schwann que recobrem a placa. Na parte da placa constituída pela fibra muscular há uma orla basófila de mitocôndrias, numerosas neste local para dar suporte energético à transmissão neuromuscular. 

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