Lâm.
A. 267. Córtex cerebral normal e leptomeninges.
Nas
imagens panorâmicas, em cima, observam-se as leptomeninges,
aracnóide
e pia-máter, recobrindo o córtex cerebral a nível
de um sulco. A aracnóide é a camada fina e superficial,
que passa de um giro ao próximo sem penetrar no sulco. Já
a pia-máter acompanha todas saliências e reentrâncias
do tecido nervoso. Entre ambas está o espaço subaracnóideo,
composto por delicadas trabéculas aracnóideas, entre
as quais circula o líquido céfalo-raqueano (LCR ou líquor).
Aí estão também artérias e veias de vários
calibres. A superfície da aracnóide é formada
por fibroblastos especializados e pavimentosos.
No córtex cerebral há 6 camadas. A mais superficial,
em contato direto com a pia, chama-se camada molecular. Tem textura
frouxa e nela não há corpos celulares de neurônios,
mas sim muitas sinapses (só visíveis em microscopia eletrônica).
Nas outras camadas, os neurônios se destacam pelo núcleo
redondo e vesiculoso e nucléolo evidente. O citoplasma é
nítido, bem delimitado e tem tonalidade basófila (arroxeada),
por conter abundantes ribossomos (RNA). Nos neurônios maiores estes
se agrupam, formando os corpúsculos de Nissl (melhor vistos nos
neurônios motores da medula espinal, lâm. A.
366). O espaço claro freqüentemente visto em volta dos
neurônios é um artefato.
As
células da glia normal não mostram citoplasma na HE.
Os núcleos dos astrócitos são um pouco maiores
e mais frouxos que os dos oligodendrócitos, e ambos são
redondos, enquanto que os da micróglia são alongados
e têm cromatina densa. Os capilares do córtex são
abundantes e contêm hemácias. Contudo, não chamam muito
a atenção, devido à delgadeza da parede e ao espaçamento
entre os núcleos das células endoteliais.
Na substância branca não há corpos celulares
de neurônios, apenas axônios e células gliais. Destas,
os oligodendrócitos são os mais numerosos e freqüentemente
mostram um halo claro perinuclear (aspecto em ovo frito). |