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Microscopia eletrônica |
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Fragmento
de córtex cerebral de um caso operado para controle de crises convulsivas
refratárias a tratamento medicamentoso. A área demonstrada
abaixo em microscopia eletrônica não apresenta alterações,
servindo como exemplo da estrutura normal do córtex.
Obs. Em 2014 foi introduzida nova página de microscopia eletrônica do córtex cerebral, mais completa e extensa. |
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Os
neurônios
destacam-se por seu citoplasma abundante, rico em retículo endoplasmático
rugoso (que constitui os corpúsculos de Nissl na microscopia óptica)
e mitocôndrias (estas tumefeitas devido a anóxia antes da
fixação).
O núcleo é volumoso, com cromatina frouxa e nucléolo proeminente. Às vezes, sinapses axo-somáticas são distingüíveis através da densidade sináptica na membrana do corpo celular. Para sinapses, ver adiante. Outros detalhes abaixo. |
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Ao lado, um astrócito protoplasmático de córtex cerebral corado imunohistoquimicamente para GFAP (proteína glial ácida fibrilar, um tipo de filamento intermediário). Para mais imagens, clique. |
Os
astrócitos que predominam no córtex são do tipo protoplasmático.
O núcleo tem cromatina frouxa, com condensações abaixo
da membrana nuclear, e não se observa nucléolo proeminente.
O citoplasma em volta do núcleo é escasso, com poucos filamentos
e organelas.
Processos celulares de astrócitos podem ser ricos em filamentos intermediários, principalmente a proteína GFAP. Aparecem como filamentos eletrodensos e de orientação paralela no interior de prolongamentos celulares. |
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Chama-se neurópilo toda a parte da substância cinzenta que fica entre os corpos celulares dos neurônios e os núcleos das células gliais. Em microscopia óptica aparece rósea e finamente granulosa. Em microscopia eletrônica apresenta grande complexidade, sendo constituída pelos prolongamentos celulares dos neurônios (dendritos e axônios mielínicos e amielínicos) e os das células da glia (astrócitos, oligodendrócitos e micróglia). Aí também se concentra a grande maioria das sinapses, que são axo-dendríticas. |
Em cortes ultrafinos, o neurópilo resolve-se em grande variedade de perfis celulares cortados em diversos planos, transversal, oblíquo e longitudinal. Destes, destacam-se os axônios mielínicos, pela baínha de mielina, que é lamelada e eletrodensa. | |
Exceto os axônios mielínicos, é muitas vezes difícil identificar com segurança a natureza dos demais prolongamentos celulares, que encaixam entre si como peças de quebra-cabeça. O espaço extracelular na substância cinzenta é muito exíguo. | |
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Sinapses são comuns no neurópilo e de identificação relativamente fácil. Chamam logo atenção pela densidade sináptica, que aparece como uma linha eletrodensa entre duas superfícies celulares. |
No
centro, prolongamento terminal de um dendrito, também chamado
de espinha dendrítica, fazendo sinapse com dois axônios,
um em cima, outro em baixo na foto. A área de contato é marcada,
no lado dendrítico, pela densidade sináptica. Nos
terminais axonais, há clusters de vesículas sinápticas,
que contêm neurotransmissor.
Em volta do conjunto, componentes do neurópilo (prolongamentos dendríticos, axonais e astrocitários). Outros exemplos abaixo. |
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Ao lado, capilar cerebral e astrócito. Os astrócitos lançam prolongamentos que revestem totalmente os capilares por fora (imunohistoquímica para GFAP). |
Os capilares cerebrais, como os de outros locais, são formados por células endoteliais em monocamada, apoiadas sobre membrana basal. Em volta, há prolongamentos astrocitários, responsáveis por induzir nas células endoteliais as propriedades morfofuncionais da barreira hemoencefálica. | |
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