Tumor neuroectodérmico primitivo (PNET) de raízes da cauda eqüina. 
1. HE, Masson, reticulina

 
Destaques  da  microscopia.  Para destaques da imunohistoquímica, clique
HE.  Aspecto geral.  Neoplasia maligna indiferenciada de pequenas células redondas Necrose, focal e pouco proeminente Faixas de tecido conjuntivo atravessando o tumor (reação desmoplásica?)
Infiltração de  ligamentos Infiltração de  raízes Infiltração de músculos
Desmoplasia  em  músculos Masson.  Reação desmoplásica em áreas  do  tumor Reticulina. Variável, de negativa a positiva conforme a área
Para destaques da imunohistoquímica, clique.
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Aspecto geral do tumor.  Neoplasia maligna indiferenciada de pequenas células redondas em arranjo compacto, sem arquitetura característica (tumor de pequenas células redondas - clique para texto). A morfologia não permite diagnóstico da linhagem do tumor. As principais hipóteses são tumores do grupo do sarcoma de Ewing / tumor neuroectodérmico primitivo periférico (pPNET), linfoma, carcinoma indiferenciado, sarcoma indiferenciado (p. ex. rabdomiossarcoma alveolar), e melanoma amelanótico de pequenas células.  Imunohistoquímica é indispensável para decidir entre estas categorias. 
Mesmo com esta aparente uniformidade, há alguma variação de tamanho e forma dos núcleos, sendo a maioria redondos, mas alguns são indentados ou reniformes. Alguns mostram nucléolos preominentes. O citoplasma é muito escasso, por vezes imperceptível. Apesar da evidente agressividade do tumor, figuras de mitose foram difíceis de demonstrar, mas células em apoptose eram comuns. 
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Necrose. Focos de necrose coagulativa  eram relativamente incomuns na amostra. 
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Áreas ricas em tecido conjuntivo.  Além das áreas sólidas vistas acima, o tumor muitas vezes formava blocos de células separados por traves de tecido de aspecto conjuntivo, composto por células de núcleos alongados e orientados em paralelo, lembrando fibroblastos. Estas traves continham fibras colágenas (ver tricrômico de Masson), fibras reticulínicas e as células eram positivas na membrana para CD34, enquanto que as células tumorais eram negativas. Interpretamos este componente como uma possível reação desmoplásica estimulada pela neoplasia.  O aspecto mesclava-se com ligamentos infiltrados pelo tumor (ver abaixo). 
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Infiltração  de  ligamentos.   Nestas áreas, o tecido colágeno entre as células tumorais era mais organizado, com as fibrilas em disposição paralela e levemente onduladas, lembrando a arquitetura de tendões ou ligamentos. 
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Infiltração  de  raízes  nervosas. Algumas raízes encarceradas pela neoplasia foram encontradas. 
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Infiltração  de  músculo esquelético.  Em áreas, havia músculo esquelético infiltrado pelo tumor, como poderia ser antecipado pelos exames de ressonância magnética.  As fibras musculares eram divulsionadas pelas células tumorais. Além disso, observava-se havia intensa fibrose do endomísio, ficando as fibras separadas por tecido conjuntivo colágeno (ver quadro seguinte).
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Fibrose  de  músculo nas proximidades do tumor.  Nestas áreas, embora houvesse pouco ou nenhum tumor, era evidente uma forte fibrose do endomísio, separando as fibras individualmente. Interpretamos este achado como  reação desmoplásica (produção de tecido conjuntivo) induzida pelo tumor.
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Núcleos internos.  Várias fibras musculares apresentavam núcleos no seu interior, entre as miofibrilas, enquanto que células sadias normalmente só têm núcleos na periferia (subsarcolemais). O aspecto sugere necrose e regeneração de fibras. 
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Vasos aparentando conter células neoplásicas.  Em diversos pequenos vasos da amostra foram encontradas células neoplásicas preenchendo a luz.  Interpretamos o achado como artificial, e devido à manipulação e compressão do tecido durante o ato cirúrgico. Outro artefato comumente observado foi o de núcleos compactados e amarfanhados, hiperdensos e às vezes com aspecto 'esfiapado'.  Lembra  o artefato de esmagamento (crush artifact) comumente observado nos carcinomas indiferenciados de pequenas células do pulmão (do tipo oat cell). 

 
COLORAÇÕES  ESPECIAIS
Tricrômico de Masson.  Corando o colágeno em azul, a técnica demonstra a fibrose entre blocos de células tumorais em algumas áreas do tumor, chegando a formar  manguitos perivasculares.  Em campos de tumor sólido não há colágeno entre as células neoplásicas
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Reticulina.  Produz resultados semelhantes aos obtidos com o tricrômico de Masson, acima. Há áreas de tumor sem reticulina, indicando que as células neoplásicas não são necessariamente produtoras destas fibras. Em outras, há finas traves de reticulina permeando o tumor. Fica a dúvida se são produzidas pelas próprias células neoplásicas ou por outras células, associadas a vasos ou aos tecidos  infiltrados, como ligamentos. 
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 Para mais imagens deste caso: RM IH
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Textos  complementares:
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Neuropatologia
- Graduação
Neuropatologia - 
Casos Complementares
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