Lâm.
A. 193. Leiomiossarcoma. Fragmento
de útero com nódulo neoplásico mostrando áreas
de hemorragia e necrose. Na periferia do nódulo ainda é possível
observar-se miométrio normal, um pouco estirado pela neoplasia.
Histologicamente, o tumor varia de aspecto conforme a área.
Há regiões bem diferenciadas, que lembram o miométrio
normal, mas a celularidade é maior, e os núcleos são
maiores e mais hipercromáticos que os dos miócitos normais.
A distribuição em fascículos é também
mais irregular. Em outras áreas as células adquirem feições
anaplásicas:
núcleos volumosos, pleomórficos, multinucleação
e numerosas mitoses, típicas e atípicas. Algumas são
tripolares, em outras é possível ver cromossomos desalinhados
em relação à placa metafásica, ou atrasados
durante a migração para os polos na anáfase.
O leiomiossarcoma é o correspondente maligno do leiomioma,
já visto na lâmina A. 107, porém
é muito mais raro. A malignização de um leiomioma
é excepcional e a grande maioria dos leiomiossarcomas
origina-se no miométrio não miomatoso. O diagnóstico
diferencial entre leiomiomas e leiomiossarcomas bem diferenciados
pode ser difícil. Usam-se como critérios o índice
mitótico e atipias: quando o tumor não tem atipias nucleares,
mas contam-se mais que 10 mitoses em 10 campos de grande aumento (objetiva
40x) (ou seja, a média de uma mitose por campo), considera-se
maligno. |